quarta-feira, 21 de novembro de 2012

COMO AS PLANTAS CRESCEM (Parte 4)


O crescimento em comprimento

                O crescimento em comprimento é função dos meristemas localizados nos ápices do caule e da raiz. Na raiz, as células meristemáticas dividem-se por mitose e produzem algumas camadas de células filhas. As células que ficam nas camadas superiores se diferenciarão enquanto as inferiormente situadas permanecem meristemáticas.
                As células que se diferenciarão se alongam e empurram para baixo as meristemáticas. Estas voltam a se dividir e produzem mais células. As situadas superiormente alongam-se e empurram as meristemáticas que ficam abaixo. Assim, o meristema sempre é deslocado para a ponta.
                No caule, o crescimento em comprimento é semelhante. A diferença é que o meristema é sempre empurrado para cima pelas células da região de alongamento. Durante este empurrar de células, constantemente um grupo de células meristemáticas é deixado nas laterais do caule vindo a constituir as gemas laterais. Essas gemas oportunamente entrarão em atividade e poderão formar ramos, folhas ou flores.

O crescimento em espessura

                O caule e a raiz de muitas dicotiledôneas são capazes de crescer em espessura, transformando-se em grossos e consistentes troncos. Esse crescimento é possibilitado através da ação de dois tecidos meristemáticos, o câmbio vascular e o felogênio.
                O primeiro é responsável pela elaboração de novos vasos de xilema e de floema, por isso é chamado de câmbio vascular. O segundo é responsável pela elaboração anual do novo revestimento da árvore (do caule e da raiz), ou seja, da casca suberosa. Por isso, é também chamado de câmbio da casca. Assim, no início de sua existência, tanto o caule como a raiz apresentam a chamada estrutura primária interna especializada no transporte de substâncias. Depois, progressivamente, vai surgindo a chamada estrutura secundária que se caracteriza pela elaboração de novos tecidos a partir da atividade do câmbio e do felogênio. É importante lembrar que esta descrição não se aplica as monocotiledôneas que, de modo geral, não apresentam crescimento secundário em espessura e, nos poucos casos em que isto acontece, é feito de maneira diversa do que ocorre nas dicotiledôneas.
                Durante o crescimento em comprimento de um vegetal, regiões já diferenciadas não são deslocadas. Isto ocorre apenas com os meristemas localizados nos ápices caulinares. Assim, marcas feitas nas cascas de uma árvore deveriam, teoricamente, permanecer na mesma altura em que foram feitas em anos anteriores. Ocorre que a casca das árvores é periodicamente renovada pela atividade do felogênio. Assim, essas inscrições somente devem permanecer se forem mais profundas, até atingirem, por exemplo, o cerne do tronco de uma árvore.

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